
Entenda Exploits: Como Hackers Aproveitam Vulnerabilidades
Os hackers estão ficando inovadores e sofisticados com suas técnicas de hacking nesta era, os exploits se encontram entre essas técnicas. Até mesmo grandes corporações tornaram-se vítimas de ataques cibernéticos e incidentes de violação de dados. E inúmeros ataques cibernéticos acontecem a cada minuto em pequenas empresas e indivíduos que não aparecem manchetes. Mas como os hackers hackeiam? Ou talvez uma pergunta ainda mais interessante seria como os hackers hackeiam quando ferramentas de segurança avançadas, firewalls, detectores de malware, scanners de vulnerabilidade e profissionais de segurança especialistas estão tão disponíveis e prontos para defender no setor?
Exploitss: Como os hackers fazem hacking?
Há dois componentes principais envolvidos no hacking.
(1) Vulnerabilidade: Uma área fraca do sistema. Isso pode ser um bug de software, configuração incorreta, processo falho, algoritmos desatualizados, senhas fracas e até mesmo partes interessadas menos vigilantes.
(2) Exploit: Exploit é um método pelo qual o hacker invade o sistema a partir do ponto vulnerável. Este método pode ser uma ferramenta, scanner, malware, script, etc., ou manipulação psicológica como phishing, engenharia social e outros tipos de golpes.
Os hackers são muito parecidos com ladrões: eles invadem lugares e roubam coisas ou apenas causam caos geral. Os ladrões encontram a área fraca em sua casa de onde podem entrar e usar várias ferramentas e táticas para invadir a casa. Da mesma forma, os hackers online observam as defesas de uma empresa, encontram uma vulnerabilidade de segurança e usam exploits (ferramentas e técnicas) para hackear o sistema.
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O que é uma vulnerabilidade?
Como dito acima, uma vulnerabilidade é uma brecha no seu site (ou um sistema e pessoas conectadas ao seu site) que os hackers usam como a “porta” para obter acesso para suas atividades nefastas.
Exemplos de vulnerabilidades:
- O plugin do WordPress tem um erro de código que permitiria que um hacker iniciasse um ataque de injeção de SQL.
- A conta do administrador tem uma senha fraca que um hacker pode facilmente adivinhar por meio de engenharia social.
- Um site em execução em HTTP (em vez de HTTPS) permitiria que um hacker interceptasse a comunicação entre o servidor de um site e o navegador dos visitantes do site.
- Um funcionário que não conseguiu identificar um e-mail de phishing e baixou um anexo malicioso dele. (Aqui, o funcionário, o ativo vivo, é uma vulnerabilidade)
- Um funcionário está usando um sistema operacional Windows desatualizado, que está sofrendo de muitos bugs de software.
- Não há nenhuma validação e saneamento disponíveis para dados de entrada no formulário de contato, permitindo que hackers enviem códigos maliciosos para seu servidor por meio de uma técnica de injeção de SQL.
Mas como os hackers hackeiam usando uma vulnerabilidade? Isso nos leva à próxima seção, “exploits”.
Exploits – Definição
Depois que o hacker encontra uma vulnerabilidade, ele usa um exploit para tirar vantagem da vulnerabilidade. Um exploit é um trecho de código específico ou procedimento que executa um ataque (que funciona porque está “passando furtivamente” pela vulnerabilidade que o hacker encontrou).
Por exemplo, um hacker encontra um site cujos campos de login não têm um recurso de tentativa de login limitado. ou seja, vulnerabilidade. Agora, eles usam ferramentas como THC-Hydra, John the Ripper ou DaveGrohl para executar um ataque de força bruta nesses campos de login. Aqui, as ferramentas de quebra de senha mencionadas acima são chamadas de exploits.
O que é uma Exploração de Dia Zero (exploit 0day)?
Um exploit de dia zero se refere a um ataque cibernético que tem como alvo uma vulnerabilidade previamente desconhecida em software ou hardware. Essa vulnerabilidade é chamada de “dia zero” porque os desenvolvedores ou fornecedores tiveram zero dias para aplicar patches ou consertá-la antes que o exploit fosse usado. Os exploits de dia zero podem ser altamente perigosos porque não há defesa contra eles no momento de sua descoberta, deixando os sistemas abertos a ataques potenciais até que um patch ou solução seja desenvolvido e distribuído. Os criminosos cibernéticos geralmente capitalizam essas vulnerabilidades para violar sistemas, roubar dados ou instalar software malicioso.
Exemplo de exploração de dia zero
Um exemplo de exploração de dia zero é o worm Stuxnet, descoberto em 2010. O Stuxnet tinha como alvo sistemas de controle industrial específicos, particularmente aqueles usados no programa nuclear do Irã. Ele explorou múltiplas vulnerabilidades de dia zero no Microsoft Windows e no software industrial Siemens para se infiltrar e manipular controladores lógicos programáveis (PLCs) usados em centrífugas.
O Stuxnet era particularmente sofisticado porque não apenas infectava sistemas, mas também tirava vantagem dessas vulnerabilidades de dia zero para alterar a funcionalidade das centrífugas, causando danos físicos ao programa nuclear do Irã. Essa exploração era altamente complexa e permaneceu sem ser detectada por um período significativo, mostrando o impacto potencial e o perigo das explorações de dia zero.
Como os hackers descobrem os exploits de dia zero?
Os hackers descobrem exploits de dia zero por vários meios. Alguns podem conduzir pesquisas e análises extensas de software, sondando fraquezas ou vulnerabilidades que não foram identificadas ou corrigidas anteriormente. Isso envolve engenharia reversa de software, estudo de código e análise do comportamento do sistema para descobrir falhas potenciais.
Outros podem monitorar fóruns ou mercados clandestinos onde os criminosos cibernéticos compram e vendem informações sobre vulnerabilidades. Às vezes, os hackers tropeçam nesses exploits acidentalmente ao explorar softwares ou sistemas, e reconhecem o potencial de exploração.
Além disso, há pesquisadores de segurança e hackers éticos que buscam ativamente vulnerabilidades em softwares e sistemas como parte de seu trabalho. Quando encontram tais vulnerabilidades, eles geralmente as relatam aos fornecedores de software ou autoridades relevantes para que sejam corrigidas, seguindo práticas de divulgação responsáveis.
Depois que os hackers identificam um exploit de dia zero, eles podem escolher usá-lo para seus próprios propósitos maliciosos ou vendê-lo no mercado negro, dependendo de suas intenções e afiliações.
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