
DNS: O que é e como configurar de forma segura
Um DNS seguro é um componente essencial de qualquer serviço de segurança. Embora não seja tão comum escutarmos sobre explorações via DNS, a ameaça é constante. Neste artigo, tentaremos esclarecer por que é importante saber o que é um DNS e como configurá-lo de forma segura.
O que é um DNS?
A sigla DNS significa Sistema de Nomes de Domínio e é normalmente comparada a uma lista telefônica. Em uma lista telefônica, o nome de uma pessoa é associado a um número de telefone. Em sistemas de nomes de domínio (DNS), o IP de um computador é associado ao nome de domínio de um site. Cada computador é identificado na web por um Protocolo de Internet (IP), incluindo aqueles (servidores) que contêm os arquivos que compõem o site.
Por exemplo, o domínio/site “ibsec.com.br” corresponde ao IP 104.26.12.79. Ou seja, o computador que hospeda o site “ibsec.com.br”, e possivelmente outros sites, possui esse endereço de rede. Quando um usuário decide se conectar ao site “ibsec.com.br”, ele digita “ibsec.com.br” na barra de endereços do seu navegador (por exemplo, Google Chrome). Seu computador, no entanto, não entende essa linguagem; ele só entende números. Nesse ponto, é o navegador que converte instantaneamente a solicitação de um nome de domínio para um endereço IP, por meio de um serviço chamado resolvedor DNS. Esse endereço chega ao roteador, ou gateway de uma rede corporativa. O roteador, por sua vez, registra o endereço IP e envia a solicitação para o ciberespaço.
Nota: O site da IBSEC utiliza uma rede de distribuição de conteúdo (CDN), neste caso, a Cloudflare. Isso significa que o IP apresentado (104.26.12.79) pertence à própria Cloudflare, que atua como intermediária entre o usuário e o servidor original da IBSEC. Esse modelo melhora a performance, a disponibilidade e a segurança do site.
A partir desse momento, há uma troca de requisições de um servidor para outro, até que uma resposta seja obtida. Nesse ponto, finalmente, o usuário verá o site “ibsec.com.br” em seu navegador. Parece um processo longo, mas, na realidade, o tempo é de apenas milissegundos.
Durante o trajeto do computador do usuário até o servidor que hospeda o site solicitado, vários DNSs são encontrados. As chamadas listas telefônicas são usadas para verificar, a cada salto, se a solicitação por nome de domínio corresponde ao endereço IP do servidor encontrado no caminho e não ao solicitado.
Confira também: 10 Tipos de Ataque DNS com Orientações para Cibersegurança
Melhores práticas de DNS para segurança e desempenho
Uma infraestrutura de DNS segura é essencial para operações de rede ininterruptas. Um DNS configurado corretamente também ajuda a proteger uma infraestrutura contra ataques cibernéticos.
As seções a seguir listam as melhores práticas de DNS. Seguir essas dicas garante que o sistema esteja seguro e tenha um desempenho ideal.
1. Garanta a redundância e a alta disponibilidade do DNS
Os servidores DNS são o pilar da confiabilidade da rede. Para evitar períodos de inatividade e garantir a alta disponibilidade, configure pelo menos dois servidores DNS:
- Servidor DNS primário. Lida com consultas regulares.
- Servidor DNS secundário. Atua como servidor de backup em caso de falha do servidor primário.
Implemente a replicação contínua para garantir que os registros DNS sejam sincronizados entre os servidores. Em caso de problemas de conexão, a configuração encaminha as consultas para o servidor DNS secundário para evitar interrupções.
2. Restringir o acesso às informações dos servidores DNS
Os servidores DNS e os dados não devem estar disponíveis para todos os usuários. O acesso restrito ajuda a proteger os servidores contra alterações e ataques não autorizados. Algumas maneiras de limitar o acesso incluem:
- Ocultar os servidores primários de usuários externos e de bancos públicos.
- Controlar quem acessa, usando ACLs para restringir consultas.
- Utilizar servidores autoritativos para acessos externos, respondendo apenas por suas zonas.
- Bloquear consultas recursivas de fora da rede interna.
3. Use servidores DNS internos para consultas privadas
Para operações eficientes e seguras dentro da rede, servidores DNS internos são usados para resolver nomes de domínio privados. Servidores DNS externos não estão familiarizados com recursos internos e não conseguem resolver nomes de host de dispositivos internos. Tentar usar um servidor DNS externo nessas situações resulta em problemas de conectividade.
Os dispositivos dentro da organização devem apontar para o servidor DNS interno para resolver domínios privados (por exemplo, compartilhamentos de arquivos, documentação interna). Essa abordagem também protege os recursos privados da exposição a servidores DNS externos.
4. Use servidores DNS locais ou mais próximos
Organizações grandes podem usar servidores DNS locais para melhorar o desempenho e reduzir a latência. Consultas feitas a servidores remotos pela WAN aumentam os tempos de carregamento. Já as feitas a servidores locais têm resposta rápida, o que melhora a experiência do usuário.
Para otimizar o desempenho:
- Configure servidores locais próximos aos usuários finais.
- Direcione os usuários para o servidor DNS mais próximo.
- Reduza a carga dos servidores centrais transferindo a maioria das consultas para os servidores locais.
Servidores DNS próximos aumentam a velocidade e a eficiência da rede.
5. Habilite o registro e o monitoramento de DNS
O registro e o monitoramento são essenciais para rastrear atividades, identificar potenciais ameaças à segurança e solucionar problemas de DNS. Habilite o registro para monitorar todas as solicitações e tomar medidas em caso de atividades incomuns:
- Monitore consultas. Os registros ajudam a revisar os registros de consultas de DNS, o que é essencial para identificar padrões, solucionar problemas ou detectar atividades maliciosas.
- Habilite o registro de depuração. O registro de depuração afeta o desempenho, mas é essencial para detectar erros de configuração e tentativas de envenenamento de cache.
Confira também: 10 Motivos para Implementar o DNSSEC na sua Organização
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