10 Medidas Vitais para Mitigar Riscos Legais em Cibersegurança com Base em Casos Recentes
Nos últimos anos, os desafios legais no campo da cibersegurança têm se tornado cada vez mais complexos e dinâmicos. A rápida evolução das tecnologias, como a Inteligência Artificial, e a proliferação de ciberataques em grande escala têm forçado empresas a reavaliar suas estratégias de mitigação de riscos. As implicações legais desses avanços podem ser significativas, exigindo atenção redobrada para evitar multas, processos judiciais e danos à reputação.
Este artigo apresenta 10 medidas essenciais para ajudar as organizações a mitigar riscos legais, com base em lições aprendidas em casos recentes que destacam as principais armadilhas e oportunidades de ajuste em suas práticas de segurança.
10 Medidas Vitais para Mitigar Riscos Legais em Cibersegurança com Base em Casos Recentes
- Revisão de Apólices de Seguro Cibernético: Empresas devem revisar suas apólices, especialmente em relação às exclusões de “ações hostis” ou “terrorismo”, como destacado no caso Merck & Co. v. ACE American. A exclusão pode ser contestada em ataques cibernéticos como o NotPetya.
- Adequação de Políticas de Inteligência Artificial (IA): Com o uso crescente de IA generativa, como o GitHub Copilot, há implicações legais sobre a violação de direitos autorais. Profissionais devem atualizar suas políticas de desenvolvimento e uso de IA para evitar complicações.
- Análise de Mandados de Geolocalização (Geofence Warrants): A decisão em People v. Meza mostra que mandados amplos de geolocalização podem violar a Quarta Emenda dos EUA. Isso afeta diretamente como as investigações digitais podem ser conduzidas.
- Ajuste de Políticas de Divulgação de Vulnerabilidades: O caso United States v. Sullivan destaca a importância de definir claramente como as vulnerabilidades são divulgadas e quando o acesso não autorizado pode ser legitimado após o fato.
- Conformidade com as Exigências de Divulgação de Cibersegurança da SEC: Empresas devem garantir que suas divulgações de vulnerabilidades e incidentes de cibersegurança atendam aos requisitos da SEC, conforme exemplificado no caso SEC v. SolarWinds.
- Consent Decree da FTC contra Executivos: O caso FTC v. Drizly LLC demonstra que a FTC agora pode responsabilizar diretamente CEOs e outros executivos em casos de violações de cibersegurança, impondo obrigações de longo prazo para garantir a conformidade com práticas de segurança.
- Monitoramento e Revisão de Políticas de Uso de Dados de Localização: Com mudanças nas práticas de empresas como Google, que agora armazenam dados de localização localmente, os profissionais de cibersegurança devem ajustar as políticas de coleta e armazenamento de dados.
- Avaliação de Exclusões de Danos em Apólices de Seguro: O caso EMOI Services v. Owners Insurance destacou a importância de entender que, em muitos contratos de seguro, danos cibernéticos, como ransomware, podem não ser cobertos se não houver danos físicos ao hardware.
- Políticas de Uso de IA para Garantir Conformidade Legal: Com processos legais envolvendo a IA em ascensão, como visto em Doe v. GitHub Inc., empresas devem revisar como utilizam IA para garantir que não estão infringindo direitos autorais ou removendo informações de gerenciamento de direitos digitais.
- Preparação para Mudanças em Mandados Reversos e Buscas por Palavras-Chave: Casos envolvendo mandados reversos, que pedem dados retrospectivos de várias pessoas com base em critérios amplos, estão sendo cada vez mais questionados em tribunal, afetando a coleta de dados.
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